Rede básica de saúde reforçará ações em prol do aleitamento
Equipes das Unidades Básicas de Saúde participarão de treinamento que começa nesta sexta; objetivo é melhor índices de amamentação na rede básica
Publicado em: 10 de setembro de 2009
Equipes das Unidades Básicas de Saúde participarão de treinamento que começa nesta sexta; objetivo é melhor índices de amamentação na rede básica
As unidades do programa Saúde da Família passarão por capacitação para desenvolver ações em prol do aleitamento materno na rede municipal.
As equipes começam a ser treinadas a partir desta sexta (11) pela médica Dra. Lucília Donadelli e pela enfermeira Josiane Elena Chimack, credenciadas como tutoras da Rede Amamenta Brasil, estratégia criada pelo Ministério da Saúde para reavaliar as ações de amamentação no país com intuito de aumentar os índices de aleitamento exclusivo e reduzir a mortalidade materno infantil.
“Percebemos que os hospitais promoviam o aleitamento materno, mas quando a mãe chegava na rede básica não tinha a mesma informação. Por isso, para voltar à origem da alimentação natural, o Ministério da Saúde percebeu que é necessário que todos falem a mesma língua, ou seja, do pré-natal ao primeiro ano de vida da criança o discurso tem que ser o mesmo”, explicou o vice-prefeito Dr. César Donadelli, durante lançamento do projeto.
Segundo ele, a amamentação vai ao encontro das necessidades de redução da mortalidade infantil, daí a importância de unificar os discursos para que a rede básica tenha o mesmo procedimento adotado pelos hospitais em prol do aleitamento materno.
“É preciso que 100% das crianças recebam o leite materno depois de nascidas e é por isso que o governo federal está treinando tutores para multiplicar esse conceito na rede pública”, observou.
Uma das tutoras, Dra. Lucília explicou que as equipes passarão por seis horas de treinamento em cada uma das nove unidades básicas de saúde do município. Nos dias de capacitação, as unidades ficarão fechadas das 11 às 17 horas.
“Desde a década de 60 os profissionais de saúde vem trabalhando para melhorar os índices de aleitamento materno no país. Tivemos avanços, pois hoje o tempo médio de aleitamento é de 10 meses, mas ainda não é o ideal”, informou, observando que o ideal preconizado pela Organização Mundial de Saúde é a amamentação exclusiva até os seis meses de vida da criança e a partir daí complementada com alimentação sólida pelo menos até os dois anos.
O Ministério da Saúde detectou que até agora as iniciativas em prol do aleitamento materno estava focadas nos hospitais, através do projeto Hospital Amigo da Criança e dos bancos de leite humano, e que por isso a atenção básica estava de fora. Agora, através da Rede Amamenta Brasil, os profissionais da rede básica receberão instruções.
“Se a unidade cumprir todos os critérios será certificada como Unidade Amiga da Criança e receberá incentivos do Ministério da Saúde”, contou Dra. Lucília, ressaltando que Tupã será a primeira cidade da região a iniciar a estratégia.
Capacitação
A enfermeira Josiane informou as datas de capacitação das equipes das USFs: Setor B (11/09), Alto Sumaré (18/09), Setor A (25/09), Santa Adélia (02/10), Setor S (09/10), Independência (16/10), Rubiácea (23/10), Distritos (30/10), Marabá (06/11), e após essa data serão capacitados os funcionários da UBS Vila Formosa e CSI.
Josiane disse que a expectativa para o início do trabalho é grande entre as equipes. “Se Tupã já vinha alcançando bons índices de aleitamento, após essas oficinas esperamos aumentar ainda mais esses números”, disse.
Cumprimentando os profissionais do setor presentes na reunião, prefeito Waldemir disse que o município, apesar dos bons números, ainda apresenta índice de mortalidade infantil que não lhe agrada.
“Estamos caminhando a passos largos para a melhoria da saúde do município e isso se deve aos profissionais que trabalham na área e por isso é preciso que haja vontade técnica das equipes para que os programas cheguem à população”.
Sobre a amamentação, o chefe do executivo disse que é importante incentivar a prática entre as mulheres e acabar com o preconceito que ainda existe por falta de informação. “Essa é uma prática saudável e que aproxima a mãe do bebê, criando um vínculo de carinho, amor e acolhimento”, afirmou o prefeito.
Andréia Simões
Assessoria da Câmara Municipal
Publicado por: Andréia Simões
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