Comerciantes aprovam revitalização do Mercadão Municipal

Comércio instalado na parte externa do prédio será beneficiado pelo projeto da Prefeitura em parceria com a Câmara

Publicado em: 25 de fevereiro de 2010

Comércio instalado na parte externa do prédio será beneficiado pelo projeto da Prefeitura em parceria com a Câmara

Durante muitos anos os comerciantes instalados na parte externa do Mercadão Municipal ouviram dos governos municipais a promessa de recuperar aquele prédio que marcou época na cidade e com isso impulsionar o comércio daquela região.

O sonho, agora, começa a ganhar contornos de realidade, com o processo de desapropriação dos boxes desativados do prédio pela Prefeitura. Mas o projeto de reativação do antigo Mercado Municipal, suntuoso prédio construído na década de 50 que na época representou o apogeu de Tupã como centro comercial da região, teve início em 2007, com a proposta audaciosa do vereador Ribeirão para que a Prefeitura assumisse o espaço e conduzisse a reforma do local.

“Precisávamos ter um projeto sério e que ele fosse conduzido com seriedade pela administração municipal, já que a Câmara, através de seus vereadores, era constantemente cobrada pela população para apresentar uma solução para o “elefante branco” da avenida Tabajaras, apelido dado ao prédio do Mercadão. Foi então que o prefeito Waldemir, no início do seu segundo mandato, encampou a sugestão e está conduzindo o processo de reativação do espaço”, lembra o vereador, que conhece bem esse sonho antigo dos comerciantes da região.

Dona Floripes Soares de Freitas, por exemplo, dona de uma quitanda e frutaria no local há 40 anos, espera ansiosa pela reforma do Mercadão. Assim como ela, a maioria dos comerciantes do local está há pelo menos duas décadas instalados lá e viveram o apogeu e a crise daquela região.

“Minha família tem dois boxes aqui. Viemos para cá numa época boa, quando os supermercados ainda não vendiam frutas nem verduras. Hoje a realidade é outra e a gente só sobrevive graças aos clientes antigos, pois os mais jovens vão para os supermercados”, disse Dona Floripes, que apesar da nova realidade, acredita que a reforma do Mercadão vai atrair novos consumidores.

A proposta do poder público é criar e fortalecer um centro de comércio popular no local, com espaço para diversos setores, de alimentação à vestuário, passando pelo artesanato e prestação de serviços, como a que o senhor Odair Gomes realiza há 32 anos no local, completados este mês. Alfaiate, ele é responsável pelo conserto de centenas de calças jeans, entre outras peças. Otimista, ele espera pela reativação do espaço justamente para melhorar e ampliar o comércio do local.

Seu vizinho de negócio, José Constantino Cunha, diz que desde que abriu seu açougue, há 20 anos, ouve falar da reforma do Mercadão e, por isso, afirma que “só acredita vendo”.

“Isso aqui é uma vergonha, um prédio deste tamanho, localizado no centro da cidade, continuar no abandono. Vendo carne de primeira, trabalho com qualidade e dentro da legalidade, mas acabo sendo prejudicado pela sujeira e pelo abandono do Mercadão, pois quem vê o prédio não quer mais comprar aqui”, desabafa o comerciante.

“O comerciante tem razão de reclamar, por isso que lutamos para reativar aquele espaço, pois nossa cidade, na condição de estância turística, não pode mais sustentar um espaço tão grande como aquele, encravado no coração da cidade, mas em total abandono”, observa Ribeirão.

O Mercado Municipal ocupa uma área de 2.847,38 metros quadrados, sendo 2.341,26 m² somente de área construída. O restante, 506,12 m², é formado por área livre. O projeto da Prefeitura prevê a construção de uma galeria de lojas no local, com funcionamento diário.

Para executá-lo, o município já dispõe de R$ 600 mil para desapropriação do espaço, dinheiro referente à devolução dos recursos da Câmara em 2009. Os dez vereadores solicitaram ao prefeito Waldemir que parte do dinheiro devolvido pelo legislativo aos cofres do município, de R$ 960.279,57, fosse aplicado na compra do Mercadão.

Andréia Simões
Assessoria da Câmara Municipal


Publicado por: Andréia Simões

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