Pais protestam contra corte no transporte de alunos

Procurado pelos pais, vereador Manzano diz que estudantes que moram nas regiões periféricas do município serão os mais prejudicados pela decisão

Publicado em: 23 de fevereiro de 2010

Procurado pelos pais, vereador Manzano diz que estudantes que moram nas regiões periféricas do município serão os mais prejudicados pela decisão

Vereador Valdemar Manzano (PPS) ocupou a tribuna da Câmara para protestar contra a decisão da Prefeitura de realizar o transporte apenas de alunos que moram na zona rural ou que sejam portadores de necessidades especiais. Até então, estudantes que residem em áreas como a vicinal São Gonçalo, pertencente ao núcleo habitacional Antônio Pereira Gaspar, por exemplo, utilizavam o transporte da Prefeitura para freqüentar cursos noturnos.

A decisão descontentou alguns pais de alunos do período noturno da escola técnica Paula Souza, que procuraram o vereador para relatar o problema. Segundo esses pais, que residem em áreas distantes da escola, seus filhos a partir de agora terão de ir para casa a pé, já que eles não têm condições de pagar pelo transporte de circular todos os dias.

“São alunos de famílias de baixa renda que frequentam o ensino profissionalizante em busca de melhor qualificação para o mercado de trabalho. São adolescentes que deixam a escola às 22h50 e têm de caminhar pelo menos uma hora para chegar em suas casas, o que torna uma temeridade”, relata Manzano.

Diante das reclamações, o vereador procurou a Secretaria de Educação, o qual foi informado de que o transporte de alunos seria exclusivo para portadores de necessidades especiais e para moradores da zona rural. “Ora, mas a vicinal São Gonçalo, que fica ao lado do aterro sanitário, é quase uma zona rural”, questiona o vereador.

Preocupado com a segurança desses estudantes, Manzano diz não entender o porquê de a Prefeitura não conceder o transporte para meia dúzia de alunos e cobra uma posição do prefeito Waldemir.

“Por que não dar esse transporte, já que esses alunos não têm condições de pagar pela passagem do ônibus circular? Tem que haver uma solução, pois no ano passado parece que houve o mesmo problema e a Prefeitura apresentou uma solução”, questiona.

Ele lembra que a Constituição determina o comprometimento de 25% do orçamento do município com a educação no ensino fundamental e infantil, mas diz que nada impede, desde que haja vontade política, de a administração conceder o transporte para os alunos desses cursos noturnos.

Manzano acredita que o problema é perfeitamente solucionável, inclusive através da concessão de passes a esses estudantes. “A Prefeitura deve se preocupar com essas situações, que são prioritárias, e conceder o transporte para esses estudantes devido às dificuldades já relatadas”, afirma.

Andréia Simões
Assessoria da Câmara Municipal

Publicado por: Andréia Simões