Informações sobre incidência de diabetes na população

Objetivo da vereadora Dra. Lucília é incluir medicamentos de alto custo mais eficazes para o tratamento da doença no protocolo do SUS

Publicado em: 28 de maio de 2010

Objetivo da vereadora Dra. Lucília é incluir medicamentos de alto custo mais eficazes para o tratamento da doença no protocolo do SUS


A Organização Mundial de Saúde (OMS) chama atenção para o aumento do número de diabetes no Brasil e no mundo, não apenas nos países industrializados, mas também naqueles que adotaram estilos de vida e hábitos alimentares ocidentalizados. 

A OMS estima que cerca de 5,1% da população mundial entre 20 e 79 anos sofra da doença. E faz previsões nada otimistas: o número atual de 194 milhões de casos duplicará até 2025.

Por causa dessa constatação, a vereadora Dra. Lucília Donadelli (PV) encaminhou sugestão ao Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, para que o Brasil inclua medicamentos de alto custo no protocolo de tratamento do diabetes adotado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

“A questão do diabetes no Brasil é bastante séria. O Censo Brasileiro de Diabetes identificou uma prevalência de 7,6% na população de 30 a 69 anos, enquanto outros estudos apontam para um índice bastante maior. A melhor delimitação do universo de portadores é imprescindível para traçar políticas e condutas mais adequadas às necessidades dos doentes”, alerta a vereadora, que também é médica.

Por outro lado, Dra. Lucília observa a evolução no desenvolvimento de novos medicamentos contra a doença, como a Sitagliptina, que pode trazer menores riscos e maiores benefícios para os diabéticos do tipo II do que a medicação hoje adotada nos protocolos do SUS.

Justamente por isso que a vereadora encaminhou sugestão ao Ministério da Saúde para que seja adotada essa nova medicação nos pacientes atendidos pela rede pública de saúde.

“Solicitamos ao ministro que se promova a identificação mais acurada da prevalência do diabetes no Brasil e que a partir disto seja avaliada a possibilidade e a conveniência de se incluírem medicamentos de alto custo mais modernos no protocolo proposto para o tratamento desta doença que é crônica, grave e que delimita muito a vida de seus portadores”, explica.
 
A doença

Diabetes mellitus é uma condição crônica que surge quando o pâncreas se torna incapaz de produzir insulina (diabetes tipo 1 ou insulinodependente), ou quando o organismo não consegue fazer uso adequado da insulina produzida (tipo 2 ou não insulinodependente). Noventa por cento dos casos pertencem ao tipo 2 e apenas 10%, ao tipo 1.

Sabe-se que filhos de pais e mães diabéticos correm mais risco de desenvolver a doença e que algumas condições da vida intra-uterina também aumentam a probabilidade. Por exemplo, crianças nascidas com baixo peso correrão risco maior na vida adulta.

Embora fatores genéticos estejam claramente envolvidos em ambas as formas da doença, as causas de diabetes tipo 1, mais frequente em crianças e adolescentes, permanecem mal elucidadas. Já as do tipo 2, que se instalam preferencialmente na maturidade, estão ligadas ao excesso de peso, à obesidade, à inatividade física, às dietas ricas em gordura e em alimentos de alta densidade energética.

Dra. Lucília diz que a atual epidemia de obesidade que atinge a infância e os adolescentes tem provocado aumento assustador de diabetes do tipo 2, mesmo nessas faixas etárias anteriormente consideradas resistentes a essa forma da doença.

“É importante lembrar que um adolescente com excesso de peso tem 70% de chance de mantê-lo ou de se tornar obeso na vida adulta. Se um de seus pais sofrer de obesidade, a probabilidade então sobe para 80%”, orienta a vereadora.

Várias pesquisas demonstram que perdas de 5% a 10% do peso corpóreo podem prevenir ou pelo menos retardar o aparecimento de diabetes. Mudanças discretas no estilo de vida que incluam dieta e atividade física, também. Por exemplo, andar 30 minutos por dia pode reduzir 40% a 60% o risco de instalação da doença.

“Andar apenas 30 minutos por dia para evitar uma doença que provoca perda da visão, ataques cardíacos, derrames cerebrais, amputações de membros e insuficiência renal capaz de exigir transplante de rim, é muito sacrifício?”, questiona a Dra. Lucília, referindo-se às consequências mais graves provocadas pelo diabetes.

Andréia Simões
Assessoria da Câmara Municipal


Publicado por: Andréia Simões

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