Luis Carlos tenta viabilizar lançamento de livro em Tupã

Atendendo solicitação da comunidade artística, vereador quer organizar noite de autógrafos com escritor Osvaldo Mendes, autor de “Bendito e Maldito”, biografia de Plínio Marcos

Publicado em: 07 de junho de 2010

Atendendo solicitação da comunidade artística, vereador quer organizar noite de autógrafos com escritor Osvaldo Mendes, autor de “Bendito e Maldito”, biografia de Plínio Marcos


Atendendo reivindicação da comunidade teatral de Tupã, vereador Luis Carlos Sanches (PTB) pretende organizar na cidade noite de autógrafos com o escritor e diretor de teatro Osvaldo Ramos para lançamento do seu livro “Bendito e Maldito”, biografia de Plínio Marcos.

Para isto, ele solicita apoio do prefeito Waldemir, da secretária de Cultura e Turismo, Aracelis Góes Morales, e do proprietário da livraria e café Belas Artes, Nelson Gonçalves Santana Junior, através de parceria para viabilizar evento.

“Essa proposta se fundamenta no clamoroso apelo que os amantes da cultura da nossa cidade, especificamente do teatro, fizeram para que Tupã fosse uma das cidades que realizassem o lançamento desta importante obra literária que, em síntese, nada mais é do que uma completa biografia de Plínio Marcos, um dos nomes mais respeitados do teatro em nosso país”, justifica Luis Carlos.

De família modesta, Plínio Marcos não gostava de estudar e terminou apenas o curso primário. Foi funileiro, quis ser jogador de futebol, serviu na Aeronáutica e chegou a jogar na Portuguesa Santista, mas foram as incursões ao mundo do circo, desde os 16 anos, que definiram seus caminhos.

Atuou em rádio e também na televisão, em Santos. Em 1958, por influência da escritora e jornalista Pagu, começou a se envolver com teatro amador em Santos. Nesse mesmo ano, impressionado pelo caso verídico de um jovem currado na cadeia, escreveu sua primeira peça teatral, Barrela.

Por sua linguagem crua, ela permaneceria proibida durante 21 anos após a primeira apresentação. Em 1960, com 25 anos, foi para São Paulo, onde inicialmente trabalhou como camelô. Depois, trabalhou em teatro, como ator (apareceu no seriado Falcão Negro da TV Tupi de São Paulo), administrador e faz-tudo, em grupos como o Arena, a companhia de Cacilda Becker e o teatro de Nydia Lícia.

A partir de 1963, produziu textos para a TV de Vanguarda, programa da TV Tupi, onde também atuou como técnico. No ano do golpe militar, fez o roteiro do espetáculo “Nossa gente, nossa música”. Em 1965, conseguiu encenar Reportagem de um tempo mau, colagem de textos de vários autores, e que ficou apenas um dia em cartaz.

Em 1968, participou como ator da telenovela Beto Rockfeller, vivendo o cômico motorista Vitório. O personagem seria repetido no cinema e também na telenovela de 1973, A volta de Beto Rockfeller, com menor sucesso. Ainda nos anos 1970, Plínio Marcos voltaria a investir no teatro, chegado ele mesmo a vender os ingressos na entrada das casas de espetáculo.

Ao fim da peça, como a de Jesus-Homem, ele subia ao palco e conversava pessoalmente com a platéia. Na década de 1980, época da censura, Plínio Marcos viveu sem fazer concessões, sendo intensamente produtivo e sempre norteado pela cultura popular.

Escreveu nos jornais Última Hora, Diário da Noite, Guaru News, Folha de S. Paulo e Folha da Tarde e também na revista Veja, além de colaborar com diversas publicações, como Opinião, O Pasquim, Versus, Placar e outras.

Depois do fim da censura, Plínio continuou a escrever romances e peças de teatro, tanto adulto como infantil. Tornou-se palestrante, chegando a fazer 150 palestras-shows por ano, vestido de preto, portando um bastão encimado por uma cruz e com aura mística de leitor de tarô.

Plínio Marcos foi traduzido, publicado e encenado em francês, espanhol, inglês e alemão; estudado em teses de sociolinguística, semiologia, psicologia da religião, dramaturgia e filosofia, em universidades do Brasil e do exterior.

Recebeu os principais prêmios nacionais em todas as atividades que abraçou em teatro, cinema, televisão e literatura, como ator, diretor, escritor e dramaturgo. Morreu aos 64 anos, na cidade de São Paulo, por falência múltipla dos órgãos em decorrência de um derrame.

Bendito e Maldito

“Já o autor da biografia de Plínio Marcos, o escritor Oswaldo Mendes, é figura destacada tanto no campo do jornalismo como no do teatro, típico representante da geração que despertava para a vida quando o país sofreu o golpe militar de 1964, e que lutou durante os 20 anos seguintes pelo restabelecimento da normalidade democrática”, apresenta o vereador.

Escritor, jornalista, ator e diretor de teatro, formado em 1971 pela Escola de Arte Dramática da Universidade de São Paulo, Oswaldo Mendes nasceu em Marília em 1946. Ele tem um currículo marcado por vários prêmios importantes e presença criativa no campo desde 1970 – seu primeiro trabalho de direção foi o da peça Fim de Jogo, de Samuel Beckett.

Há seis anos integra o grupo Arte Ciência no Palco, um dos pouquíssimos do país empenhados no desenvolvimento sistemático de um teatro de conteúdo intelectual, sério e estimulante. Como jornalista profissional, de 1966 a 1992 ocupou cargos importantes na imprensa paulistana, principalmente na "Última Hora" e na "Folha de S. Paulo" – onde foi editor do "Folhetim" e depois subsecretário da "Folha" –, e mais tarde como editor de cultura da revista "Visão". Osvaldo Mendes foi um dos fundadores da Associação Paulista de Críticos de Arte e desde 2001 integra o núcleo Arte Ciência no Palco.

Andréia Simões
Assessoria da Câmara Municipal


Publicado por: Andréia Simões

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