Dra. Lucília apoia projeto que inclui novas vacinas no calendário básico infantil
Medida beneficiaria crianças com doses contra hepatite A e meningocócica conjugada A, entre outras, hoje apenas disponíveis na rede particular
Publicado em: 05 de outubro de 2010
Está pronto para ser votado no Congresso o Projeto de Lei 5/2009, que determina a inclusão de vacinas contra hepatite A, meningocócica conjugada C, pneumocócica conjugada sete valente, varicela e pneumococo no calendário básico de vacinação infantil.
O projeto permitirá que o SUS amplie para a rede pública de saúde a cobertura de vacinas hoje apenas disponíveis em clínicas particulares, como a vacina contra a varicela ou catapora, doença bastante comum no final do inverno e começo da primavera.
Em Tupã, os meses de agosto e setembro registram quase 400 casos da doença, alguns deles com complicações sérias, segundo a vereadora e médica pediatra, Dra. Lucília Donadelli (PV). “Embora a doença seja considerada benigna em razão do baixo índice de mortalidade, pode apresentar complicações terríveis que podem levar à morte. Os efeitos mais graves são registrados em crianças menores de um ano, gestantes e pessoas com baixa imunidade”, explica.
Diante da amplitude do projeto em tramitação no Congresso , a vereadora encaminhou moção de apoio à proposta, que na sua opinião é justa, necessária e urgente e permitirá reduzir significativamente a mortalidade infantil no país. “Nada mais justo do que passar a vacinar todas as crianças e não apenas aquelas que podem pagar. Sem contar que a não disponibilização dessas vacinas na rede básica restringe o direito à saúde das crianças que não têm acesso às clínicas particulares”, afirma.
Segundo a vereadora, o projeto justifica-se pela disponibilidade de vacinas eficazes, pela experiência nacional e internacional de redução da morbidade e mortalidade associada a essas doenças e, sobretudo, pelo fato de essas vacinas já serem disponibilizadas pelo SUS para grupos de risco como portadores de HIV, pacientes com doenças pulmonares crônicas e para quem vai se submeter à transplantes.
Dra. Lucília diz ainda que pela saúde das crianças e pelo custo-benefício favorável os municípios já deveriam seguir o calendário básico de vacinação infantil preconizado pela Sociedade Brasileira de Pediatria, independente da morosidade das tramitações do legislativo.
“Concordamos que independentemente dos aspectos econômicos envolvidos, trata-se de uma medida urgente para reduzir a mortalidade infantil, sobretudo entre as crianças de famílias de baixa renda”, observa.
Segundo a vereadora, na comunidade médica não se discute a eficácia das vacinas, que apresentam baixo índice de efeitos colaterais. Além disso, a Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda, inclusive, a vacina contra varicela e doenças pneumocócicas, que estão entre as de maior mortandade infantil no mundo. “Todo esse sofrimento poderia ser evitado com a aplicação de uma nova geração de vacinas de alta eficácia, capazes de reduzir em cerca de 90% todas essas doenças”, ressalta.
Publicado por: Andréia Simões
Cadastre-se e receba notícias em seu email