Vereadora Lucília defende substituição das sacolas plásticas em Tupã
A vereadora Maria Lucília Donadelli sugeriu ao prefeito que sejam realizados estudos visando à substituição das sacolas plásticas por sacolas oxi-biodegradáveis e ou retornáveis nos estabelecimentos comerciais em Tupã.
Preocupada em proteger e preservar o meio ambiente em Tupã, a vereadora Maria Lucília Donadelli sugeriu ao prefeito que sejam realizados estudos visando à substituição das sacolas plásticas por sacolas oxi-biodegradáveis e ou retornáveis nos estabelecimentos comerciais em Tupã.
No início deste mês, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), assinou um protocolo de intenções com a Associação Paulista de Supermercados (Apas) para acabar com o uso de sacolas plásticas descartáveis. A meta do governo e da associação é eliminar a utilização dessas sacolas a partir de janeiro do ano que vem.
A vereadora Lucília observa que, há mais de uma década, a sociedade tem tentado sem sucesso conviver com sacolas plásticas, porém, este tipo de embalagens tem causado muitos danos ao meio ambiente, dos mais simples aos mais complexos. “Podemos citar desde o entupimento da rede de esgoto e bueiros que tem efeitos catastróficos em dias chuvosos, a poluição de arroios e rios e até a morte de animais em ecossistemas distantes, inclusive nos mangues e litoral do país”, informa.
A sacola plástica pode levar de 100 até 500 anos para sua decomposição, assim como dificulta a do próprio conteúdo desta, retardando a sua decomposição e ocupando um volume maior e maior tempo de permanência no aterro sanitário. Dessa forma, a vida útil do aterro sanitário também se reduzirá drasticamente.
A sacola oxi-biodegradável é todo tipo de embalagem plástica com capacidade de degradar ou desintegrar por oxidação em fragmentos em um período de tempo especificado (18 meses), considerando que biodegradar é um processo físico-quimico e biológico que produz como resultado CO2, água e biomassa.
O processo de biodegradação das sacolas oxi–biodegradáveis é desencadeado pela exposição ao calor e luz. “Cabe lembrar que as sacolas oxi-biodegradáveis iniciam o processo de biodegradação ou oxidação a partir do momento que encerra o processo de sua produção ainda na fábrica e que elas têm uma longa exposição ao calor e a luz até sua destinação final ao aterro sanitário, e, portanto, o processo já estará iniciado. A principal finalidade do plástico oxi-biodegradável é a redução do impacto do plástico que não é coletado e reciclado e ficam décadas poluindo ativamente o meio ambiente”, explica.
Existem também sacolas produzidas a partir de amido ou outros produtos orgânicos. Em 2007 o Brasil já contava com mais de 90 fábricas de sacolas oxi-biodegradáveis. Hoje, a diferença do preço entre as sacolas plásticas convencionais das oxi–biodegradáveis oscila entre 10% a 15%, sendo a diferença reduzida a cada ano, possibilitando que diversas redes de supermercados já utilizem esta tecnologia há mais de dois anos sem nenhuma legislação exigindo.
A vereadora acredita que o Sindicato do Comércio Varejista de Tupã (Sincomércio) e a Associação Comercial e Industrial de Tupã (Acit) podem formar um consórcio de associados para aquisição de sacolas oxi–biodegradáveis para todos os estabelecimentos comerciais. Entretanto, os maiores distribuidores de sacolas plásticas convencionais são os supermercados instalados na cidade e região, por isso tornando-se obrigatória a utilização de sacolas oxi–biodegráveis primeiramente aos grandes estabelecimentos comerciais para que os custos tendessem a baixar para sua posterior universalização para os menores estabelecimentos comerciais.
Outro fato relevante, segundo a vereadora Lucília, é que vários estados estão criando legislação acerca da temática: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul tem uma legislação federal em andamento. Além disso, a legislação está sendo implantada em dezenas de cidades brasileiras. “Acreditamos que cada vez mais as novas tecnologias, produtos e serviços serão pautados pela responsabilidade ambiental e a sustentabilidade, pois será uma exigência fundamental dos consumidores e cidadãos, logo, dos seus legisladores e governantes, pois todo poder emana do povo e a vida e a saúde são condições primordiais para sua própria perpetuação”, argumenta.
Tiago Pettenuci
Assessor de Imprensa
Publicado por: Tiago Pettenuci, assessor de imprensa
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