Luis Alves defende revitalização do memorial da índia Vanuíre
O vereador Luis Alves solicitou ao Poder Executivo que revitalize o mausoléu com os restos mortais da índia Vanuíre, que fica na escola que leva o nome da pacificadora.
Publicado em: 15 de abril de 2014
No Mês do Índio, o vereador Luis Alves de Souza solicitou ao Poder Executivo que revitalize o mausoléu com os restos mortais da índia Vanuíre, que fica nos jardins da escola estadual que leva o nome da pacificadora. Por meio de indicação aprovada pela Câmara Municipal, o parlamentar defende que o memorial se torne um atrativo turístico.
O vereador Luis Alves observa que hoje o memorial está abandonado e em meio à vegetação do jardim da escola Índia Vanuíre, o que prejudica a identificação do mesmo. O local não é aberto ao público por estar localizado atrás das grades que cercam a escola. “Apresentamos está indicação porque celebramos no mês Abril as festividades do dia e mês do Índio. O memorial revitalizado poderia contribuir muito para a exploração do ponto turístico e também no resgate histórico desta grande mulher”, explica.
Conforme narra o sociólogo Darcy Ribeiro no livro “Índios e a civilização”, no início do século XX, a marcha do café para o oeste de São Paulo trouxe consequências violentas para os Kaingang que ocupavam esse território. Ocorriam constantes chacinas de aldeias inteiras e grande divulgação negativa dos Kaingang por meio da imprensa, com o objetivo de desvalorização das terras dominadas pelos indígenas, para posterior valorização para aqueles que as compraram. O extermínio não se completou graças à ação do SPI (Serviço de Proteção aos Índios).
De acordo com a lenda, Vanuíre subia em um jequitibá de dez metros de altura, onde permanecia do nascer do dia ao cair da tarde entoando cânticos de paz. De fato, Vanuíre foi uma Kaingang trazida do Paraná pelo SPI, como estratégia de atração dos Kaingang da região para que fossem aldeados. Assim, ela atuou como intérprete, assim como outros. Ela simboliza o fim dos conflitos, em 1912, que resultou no aldeamento dos Kaingang em duas áreas restritas, hoje Terras Indígenas Icatu e Vanuíre. A índia Vanuíre faleceu em 1918 em Icatu, Braúna, onde viveu seus últimos dias.
Tiago Pettenuci
Assessor de Comunicação
Publicado por: Tiago Pettenuci, assessor de comunicação
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