Violência contra a mulher

Telma Tulim defende proposta que cria regime assistencial de atendimento de emprego e renda às mulheres vítimas de violência conjugal

Publicado em: 14 de julho de 2010

Telma Tulim defende proposta que cria regime assistencial de atendimento de emprego e renda às mulheres vítimas de violência conjugal


Está em tramitação na Assembleia Legislativa o Projeto de Lei 237/2010, que cria o regime assistencial especial de atendimento de emprego e renda às mulheres vítimas de violência conjugal com dificuldade de inserção no mercado de trabalho. A proposta é defendida pela vereadora Telma Tulim (PSDB), que apresentou na Câmara moção de apoio ao projeto.

“Muitas mulheres ainda sofrem no Brasil e no mundo com a violência no âmbito doméstico, infelizmente um crime bastante difícil de ser combatido porque a maioria das vítimas não notifica a violência sofrida, o que impossibilita a polícia de agir”, observa a vereadora, que também é delegada de polícia, e, portanto, conhecedora desta triste realidade.

De acordo com o Ministério da Saúde, a maioria dos casos de violência contra a mulher no Brasil é registrada em situações policiais, o que caracterizam casos de violência explícita.

“Porém, não podemos deixar de dar atenção aos casos de violência psicológica e moral, os quais quase nunca são denunciados, e que causam uma desmoralização constante da vítima, gerando um efeito tão danoso e pernicioso quanto a violência física”, afirma Tulim.

Outro fato mencionado pelo Ministério da Saúde é que as mulheres tornam-se vítimas de forma reiterada, principalmente devido ao fato delas encontrarem diversos obstáculos na busca por proteção e por meios de cessar a violência (história familiar de violência prévia, baixo auto-estima, situação econômica instável e carência de recursos sociais e familiares), o que acaba resultando em desgaste emocional.

“Os estudos comprovam que as mulheres agredidas sentem-se dependentes financeiramente ou afetivamente de seus agressores. Há o medo, do julgo moral da sociedade. Essas mulheres, por sentirem-se dependentes financeiramente, tornam-se submissas a um cotidiano de violência a qual se veem materialmente impedidas de romper. O medo de não conseguir sustentar materialmente a si e à sua prole é o sentimento que imobiliza muitas destas mulheres a agirem no sentido de romper o ciclo de violência a que estão expostas”, analisa a vereadora.

O projeto de lei em tramitação visa justamente quebrar esse círculo doentio ao criar um instrumento para que as mulheres vítimas de violência conjugal possam romper o seu cotidiano de submissão, partindo da premissa de que, tendo uma forma de subsistência garantida, elas encontrarão a força e o respaldo necessário para dar às suas vidas um novo rumo, libertando-se da situação degradante em que vivem.

“Estatísticas mostram que a cada 15 segundos uma mulher é agredida no país. Precisamos mudar essa dura realidade”, aponta a vereadora, que volta a defender a necessidade da criação em Tupã de um centro de referência de atendimento à mulher vítima de agressão.

Telma Tulim diz que sem esse apoio dificilmente essas mulheres conseguirão retomar suas vidas, livrando-se dos seus agressores. “Junto com elas sofrem as crianças e os idosos que estão sob sua dependência”, conclui.

 


Publicado por: Andréia Simões

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