Projeto visa estender ao SUS cirurgias com técnicas modernas de esterilização
Telma Tulim apoia iniciativa que permitirá acesso de usuários da rede básica de saúde do Estado a intervenções como laqueadura tubária e esterilização transcervical
Publicado em: 26 de agosto de 2010
Tramita na Assembleia Legislativa de São Paulo Projeto de Lei 576/2010, que visa estender aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) do Estado acesso a cirurgias de esterilização com técnicas mais modernas, como a laqueadura tubária, a vasectomia e a esterilização transcervical. A vereadora Telma Tulim (PSDB) encaminhou moção de apoio ao projeto que permitirá a realização dessas cirurgias em hospitais e maternidades da rede pública de saúde do estado conveniados do SUS. “Esse tipo de intervenção cirúrgica é simples, rápida e indolor e poderá resultar num sistema de planejamento familiar mais eficaz disponível na rede básica de saúde. Sem dúvida, caso seja aprovado, será uma grande conquista para a saúde pública”, afirma. A esterilização transcervical é um método anticoncepcional permanente sem cirurgia. Esse modelo de esterilização foi regulamentado pela Anvisa em fevereiro do ano passado, sendo mais eficaz que a pílula, o DIU e a laqueadura tradicional. Com ajuda de um aplicador e uma microcâmera, o médico implanta duas molas de titânio, uma em cada trompa da paciente. O dispositivo provoca uma reação no tecido, que bloqueia completamente as trompas. O procedimento demora no máximo dez minutos e pode ser feito numa consulta de rotina, no ambulatório mesmo. A paciente não sofre nenhum corte, nem precisa de anestesia. Com a adoção da laqueadura desenvolvida pelo Hospital das Clínicas nos hospitais públicos, as salas de cirurgia ficariam livres para operações mais complicadas. No caso do Hospital das Clínicas, maior ambulatório de ginecologia da América Latina, acabaria com uma espera que pode chegar a um ano e meio, já que há enorme fila de mulheres aguardando por uma laqueadura. “Além dos benefícios físicos, esse novo método de esterilização permitirá a essas famílias de baixa renda um planejamento familiar eficaz, onde poderão decidir o número de filhos que querem ter e, consequentemente, lhes oferecer melhores condições de vidas”, avalia a vereadora. Essa nova técnica de esterilização já é utilizada em larga escala na Europa e nos Estados Unidos. Aqui na América Latina o Uruguai já emprega a técnica na rede de saúde pública e o Estado de Santa Catarina também, desde o ano passado.
Publicado por: Andréia Simões
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