Luis Carlos defende implantação de plano municipal da cultura

Vereador diz que diretrizes para área cultural nos próximos dez anos precisa ser elaborada com a participação da sociedade

Publicado em: 16 de novembro de 2010

Luis Carlos Sanches (PTB) está reivindicando ao prefeito Waldemir e à secretária de Cultura e Turismo, Aracélis Goes Morales, a implantação do Plano Municipal de Cultura e solicita a necessária participação da sociedade organizada gestora de arte e cultura.

O Plano Municipal de Cultura é um conjunto de estratégias e diretrizes para a execução de políticas públicas para a área cultural nos próximos dez anos. De acordo com o vereador, a discussão pública sobre o plano se faz necessária para enquadrar a cidade nos moldes do Plano Nacional de Cultura, inclusive para que Tupã possa receber os repasses de verbas públicas específicas tanto estadual como federal.

Os planos, em suas três esferas nacional, estadual e municipal, são frutos da 1ª Conferência Nacional de Cultura realizada em 2005. De lá para cá foram mais de 400 encontros municipais, inter-municipais e estaduais, além de uma plenária nacional em Brasília, mobilizando mais de 60 mil pessoas, incluindo gestores e secretários de cultura de mais de 1.200 municípios.

Luis Carlos observa que Tupã também realizou sua conferência municipal de cultura, onde foram apresentadas diversas reivindicações elaboradas por atores e diretores de grupos de teatro locais, bailarinos, artistas plásticos, músicos, artesãos, poetas, entre outros artistas. “Enfim, todas as áreas da classe artística estiveram ali devidamente representadas”, lembra.

Na opinião do vereador, o Plano Municipal de Cultura será um marco na história da política pública de Tupã, pois além de retomar o diálogo no campo cultural entre diferentes instâncias de governo e gestores de artes, possibilitará também a participação da sociedade civil organizada que tem condições de oferecer importantes sugestões a serem contempladas no referido plano, enriquecendo as artes, a cultura, além de contribuir com as atividades que já vêm sendo realizadas pela Secretaria Municipal de Cultura.

“Esse plano, entre outras reflexões, deixará claro para os artistas, gestores e promotores de artes e cultura do nosso município, assim como a própria população, qual política cultural queremos para a nossa cidade frente a alguns desafios, como a diversidade étnico cultural, que é nossa grande riqueza, fruto de nossa formação histórico-social”, analisa.

Entendida essa diversidade cultural, Luis Carlos lança outro desafio: como fazer para que a construção de uma política pública de cultura não tome a identidade municipal como um conjunto monolítico e único, mas que reconheça e valorize as diferentes artes como fator para coexistência harmoniosa das várias formas possíveis de produzir cultura. 

“Enfim, a cultura não se resume tão somente ao campo das belas artes, da filosofia e da erudição, nem tampouco ao mundo dos eventos efemérides. A cultura deve ser considerada como o conjunto dos traços distintivos que caracterizam um determinado grupo social. Além das artes, da literatura, contempla também os modos de vida de um povo, os direitos fundamentais do homem, os sistemas de valores e símbolos, as tradições, as crenças e o imaginário popular. A cultura não pode se constituir em privilégio a determinados segmentos da sociedade, mas tem que se constituir em direito humano fundamental”, finaliza Luis Carlos.
 


Publicado por: Andréia Simões

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